Mercado Global de Carbono
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Publicado em 15/08/2023 às 09h25, por: Coplana
Entidades discutem comercialização de créditos e o papel da agricultura sustentável
O mercado de carbono e a criação de soluções que facilitem a redução de gases de efeito estufa. Esse foi o tema central do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização e Investimentos Verdes, que ocorreu entre os dias 18 e 20 de maio, na cidade do Rio de Janeiro. O evento é uma parceria entre o Banco do Brasil e Petrobras, com o apoio do Banco Central, Ministério do Meio Ambiente e Governo Federal.
Estiveram presentes especialistas do Brasil e exterior, líderes empresariais e representantes de diversos setores produtivos. Participaram Bruno Rangel Geraldo Martins, presidente da Coplana e diretor-secretário da Socicana, Renato Machado, coordenador agronômico e de sustentabilidade da Socicana, e Marcelo Soares, diretor administrativo do Sicoob Coopecredi.
Bruno Rangel participou do painel com a temática “A importância das cooperativas para o agro sustentável”, em que apresentou os trabalhos que a Coplana desenvolve para o fomento das boas práticas agrícolas e de gestão. “No painel, estavam a Coplana, a Coopercitrus (Bebedouro/SP), a Coopavel (Oeste do Paraná) e a Cocamar (Maringá/PR). Foi discutido tudo o que temos como iniciativa para avançar ainda mais na agenda ambiental, social e de governança. Foi uma oportunidade bastante interessante para trocar essas ideias, informações e experiências, e eu tenho certeza de que o público aproveitou bastante os dados trazidos no painel.”
Renato Machado mencionou os principais temas discutidos. “Foi um evento técnico, com a apresentação de painéis com os estudos de caso sobre sustentabilidade, cálculos de pegadas de carbono, RenovaBio e várias ações, as quais o setor está tratando no momento, como metodologias e modelagens usadas para quantificar a emissão de gases de efeito estufa.”
No evento também foi tratado o decreto 11.075, de 19 de maio de 2022, que regula o mercado de carbono no Brasil, com foco nas exportações de crédito para países e empresas que não conseguem cumprir suas metas para a redução das emissões.
A resolução sobre o decreto era aguardada desde 2009. O documento aborda os créditos de carbono e do metano, unidades de estoque de carbono e o sistema de registro nacional de emissões, reduções de emissões e transações de créditos. Prevê ainda a possibilidade adicional de registro de pegada carbono dos produtos, processos e atividades, carbono de vegetação nativa e o carbono no solo, o que pode abrir espaço para contemplar os produtores rurais e os mais de 280 milhões de hectares de floresta nativa protegidos.
No caso da Socicana, o objetivo da participação é o de avaliar os avanços nesta área para a implementação de ações junto aos produtores. Esse trabalho visa contribuir para o reconhecimento do papel dos associados, em relação às boas práticas agrícolas, fundamentais para a reduzir a emissão de gases poluentes no Brasil e em outros mercados mundiais.
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